Texto: 2 Coríntios 5:15
Introdução:
Estamos na semana da Páscoa e por isso quero explicar biblicamente a morte de Jesus. A Páscoa é constituída de dois eventos: morte e ressurreição de Jesus. Podemos cometer alguns erros ao enfatizar um em detrimento do outro.
I – Entendendo a morte de Jesus.
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A morte de Jesus não foi um acidente, ela estava no calendário de Deus.
“Mas, quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo da lei, a fim de redimir os que estavam sob a lei, para que recebêssemos a adoção de filhos.”
Gálatas 4:4,5
- Preste atenção no final deste texto. Ele é a base para o próximo ponto.
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A morte de Jesus possibilitou o nascimento de muitos filhos de Deus.
“Pois aqueles que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos.”
Romanos 8:29
- Deus precisou entregar o seu próprio filho para ganhar muitos filhos.
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A morte de Jesus não foi uma tragédia, mas uma provisão divina.
No dia seguinte João viu Jesus aproximando-se e disse: “Vejam! É o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”
João 1:29
- Jesus é o Cordeiro que Deus preparou para possibilitar o perdão dos nossos pecados.
- Na cruz Jesus gritou: ‘Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?’ Ele gritou estas palavras porque para Isaque havia um substituto, mas pra Jesus não havia. Ele era o Cordeiro!
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A morte de Jesus não foi a morte de um mártir, mas a morte do Salvador.
“A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo, que se entregou a si mesmo por nossos pecados a fim de nos resgatar desta presente era perversa, segundo a vontade de nosso Deus e Pai…”
Gálatas 1:3,4
- Mártir é quem tem a sua vida tirada por causa de suas crenças, Jesus deu a sua vida por nós voluntariamente.
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A morte de Jesus foi vicária, Ele morreu em nosso lugar.
“Pois o que primeiramente lhes transmiti foi o que recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras…”
1 Coríntios 15:3
Conta-se que um pai tinha dois filhos. O mais jovem pediu sua herança e foi embora. O pai foi tomado de tamanha tristeza que nunca mais foi o mesmo. Depois de alguns anos, o filho mais velho, não aguentando mais ver a tristeza do pai, prometeu-lhe encontrar o irmão mais novo e traze-lhe pra casa. Ele saiu e depois de alguns meses de procura, ele chegou a uma cidade onde havia uma multidão aglomerada. Perguntou para um dos moradores qual o motivo do ajuntamento e soube que um jovem havia furtado algo de valor e naquela cidade este tipo de crime era punido com a morte. Ao aproximar-se do centro da aglomeração ele ficou surpreso em ver que o jovem que estava prestes a ser enforcado era o seu irmão mais novo. Depois de alguns minutos sem saber o que fazer, ele ouviu as autoridades pedirem a atenção do povo:
Cidadãos desta bela cidade, como todos sabem, nós sempre fazemos duas perguntas antes de uma execução, uma para o réu e outra para o povo. Rapaz, você cometeu o crime pelo qual está sendo acusado?
O rapaz responde: Sim, eu cometi este crime. Você tem alguma coisa a dizer para a sua família?
O rapaz novamente falou: ‘Sim. Minha família não está aqui, as se algum dia algum de vocês encontrar o meu pai, diga-lhe que eu fiz coisas erradas, fui julgado como culpado e perdi a chance de voltar para casa para dizer-lhe pessoalmente que me arrependi’.
Agora tenho uma pergunta para o povo: ‘Alguém gostaria de trocar de lugar com este rapaz?’
Depois de alguns segundos de silêncio total, ouviu-se uma voz no meio da multidão: ‘Sim, eu quero’.
Logo o réu reconheceu o irmão e protestou: ‘Você não pode! Eu cometi o crime e estou sendo julgado pelas coisas que fiz. Eu mereço morrer!’
O irmão mais velho pediu silêncio e disse: ‘Depois que você saiu de casa, o pai não foi mais o mesmo. Ele se entristeceu completamente. Eu não aguentei vê-lo deste jeito e prometi que o encontraria e levaria de volta para casa. Depois de alguns meses procurando por você, o encontrei. Agora, volte para casa e diga para o Pai que, para que você pudesse voltar, eu precisei morrer em seu lugar’.
- Ele morreu em nosso lugar para que tivéssemos vida abundante e eterna.
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A morte de Jesus proporcionou o perdão de todos os nossos pecados.
“Pois ele nos resgatou do domínio das trevas e nos transportou para o Reino do seu Filho amado, em quem temos a redenção, a saber, o perdão dos pecados.”
Colossenses 1:13,14
- O pecado nos separa de Deus, porém, agora, em Cristo, temos livre acesso ao Pai. O “véu do templo” se rasgou de alto a baixo abrindo um novo e vivo caminho.
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A morte de Jesus tornou-se uma figura com a qual nos identificamos na vida e simbolizamos no batismo.
“Ou vocês não sabem que todos nós, que fomos batizados em Cristo Jesus, fomos batizados em sua morte? Portanto, fomos sepultados com ele na morte por meio do batismo, a fim de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma vida nova.”
Romanos 6:3,4
II – E agora? Qual é a nossa parte?
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Reconhecer nossa condição espiritual.
“Mas Deus demonstra seu amor por nós: Cristo morreu em nosso favor quando ainda éramos pecadores.”
Romanos 5:8
- Somos pecadores. Precisamos de um Salvador. Foi isto que Maria disse no seu cântico, reconhecendo que também era pecadora.
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Confessar nossos pecados para receber o perdão de Deus.
“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para perdoar os nossos pecados e nos purificar de toda injustiça.”
1 João 1:9
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Experimentar uma mudança radical de vida.
“Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por mim.”
Gálatas 2:20
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Ter uma nova mentalidade (metanoia = arrependimento)
“Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.”
Romanos 12:1,2
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Não desistir da corrida da fé.
“Portanto nós também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com paciência a carreira que nos está proposta,
Olhando para Jesus, autor e consumador da fé, o qual, pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus. Considerai, pois, aquele que suportou tais contradições dos pecadores contra si mesmo, para que não enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos.”
Hebreus 12:1-3
Oração:
- Reconheça sua condição espiritual e receba o perdão.
- Experimente uma mudança de vida entregando sua vida a Cristo.
- Olhe para Jesus e receba dEle a força para continuar a corrida da fé.
(Mensagem pregada na Manancial no dia 25/03/2018)